O Neurofeedback pode ser definido como um método ou tratamento para controle dos padrões do cérebro. É um tratamento não invasivo e não medicamentoso, que tem como objetivo central “mapear” e melhorar o funcionamento do cérebro. Isso porque, estimula as habilidades naturais do cérebro, podendo, assim, regular e desenvolver potencialidades e/ou corrigir distúrbios.
Por mais que, para muita gente, o Neurofeedback pareça algo totalmente novo, o método existe desde 1950 e já trouxe resultados significativos, por exemplo, no preparo de astronautas com o objetivo de melhorar a adaptação do cérebro deles à atmosfera exterior; e, algum tempo depois, para pacientes com epilepsia, diminuindo significativamente as convulsões.
Como funciona?
Tudo é possível porque o cérebro funciona por meio de descargas elétricas que podem ser identificadas por exame de eletroencefalograma (EEG).
E, com o Neurofeedback, eletrodos são colocados sobre o couro cabeludo para a captação dos sinais elétricos provenientes dos neurônios. Tais sinais são decodificados e processados por um software especializado, sendo “mapeados” e acompanhados diretamente na tela do computador. E a pessoa consegue, então, a partir de treinos específicos, levar o cérebro a uma transformação.
Tais treinos envolvem atividades como jogar, escutar músicas e sons, assistir vídeos de interesse, entre outras, onde são estimuladas diferentes partes do cérebro e de diferentes maneiras, sempre de acordo com as particularidades de cada tratamento.
Num caso de insônia, por exemplo, pode-se detectar que as áreas do cérebro envolvidas na ansiedade estão trabalhando muito acima do normal. A partir daí, será traçado um tratamento específico para o paciente em que imagens, sons, músicas, frases, entre outros estímulos criarão um padrão de atividade cerebral mais relaxado e saudável. Mas este é apenas um exemplo de indicação.
Indicações
O Neurofeedback pode, assim, ter diversas indicações, como:
- Transtorno do déficit de atenção (TDA e TDAH);
- Transtorno do estresse pós-traumático (TEPT);
- Ansiedade;
- Depressão;
- Dificuldades de concentração;
- Dificuldades de memória;
- Distúrbios de aprendizagem;
- Enxaqueca;
- Estresse;
- Fibromialgia;
- Hiperatividade;
- Distúrbios do sono;
- Síndrome do pânico;
- Transtornos alimentares;
- Otimização da performance mental, entre outras.